INTRODUÇÃO
A Palavra de
Deus nos mostra a ação de três pessoas dentro de uma unidade inseparável. Essas
três pessoas são o Pai, o Filho e o Espírito Santo, eles não são três deuses,
mas um único e verdadeiro Deus (1ª João 5:7 Porque três são os que testificam
no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um).
E essas três pessoas agem em favor da vida daqueles que hão de herdar a vida eterna com Deus.
DESENVOLVIMENTO
No versículo
que lemos, podemos notar a atuação dessas três pessoas de forma maravilhosa:
Em todo o
tempo: Com a morte de Jesus, o Espírito Santo
veio para ficar em todo o tempo, para sempre com a Igreja (João
14:16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos
dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre),
pois é o Espírito Santo quem leva a igreja ao encontro com o Senhor Jesus (1ª
Co 12:3b E ninguém pode dizer que Jesus é
o Senhor, senão pelo Espírito Santo). Durante
nossa caminhada, passamos por dificuldades, mas o Espírito Santo nos ajuda e
até mesmo intercede em nosso favor (Romanos 8:26 E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas
fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo
Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis).
Aqui claramente vemos a operação de Deus através do Espírito Santo;
Ama o amigo:
Aqui notamos a operação do Deus Pai. Deus criou Adão e Eva para que eles
tivessem intimidade com Deus. Só quem são amigos possui a liberdade de penetrar
na intimidade um do outro. E no Éden era assim, Adão e Eva tinham, antes de
pecar, liberdade e acesso direto a Deus. Dialogavam com Ele, ouviam Ele falar. Lembramos
de Abraão, que foi chamado amigo de Deus, pois creu na Palavra que Deus
havia falado (Tiago 2:23 E
cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado
como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. 2º Crônicas 20:7b ...e não a deste à semente de Abraão,
teu amigo, para sempre? Isaías 41:8b ...semente
de Abraão, meu amigo). Lembramos também que Deus
chamou Moisés para um relacionamento de íntimo contato com Ele (Êxodo
33:11 E falava o SENHOR a Moisés face a
face, como qualquer fala com o seu amigo).
E hoje Deus Pai quer ser nosso amigo, e quando aceitamos ser amigos do Senhor
podemos notar seu amor constante, durável, infinito para conosco e assim
podemos nos relacionar com Ele, conversando, pedindo, confessando, chorando aos
seus pés (1ª Ts 5:17 Orai sem cessar).
Como o melhor amigo, Ele sempre será fiel e o seu amor para sempre permanecerá
(2º
Tm 2.13 se formos infiéis, ele permanece fiel; não
pode negar-se a si mesmo; 1ª João 4:19 Nós o amamos porque ele nos amou primeiro e Jr
31.3b ...Com amor
eterno te amei).
E na angústia
nasce o irmão: os dois trechos acima, nos
falaram do Espírito Santo, do Pai e agora este trecho nos falará do Filho, o
Senhor Jesus. Este trecho nos fala de uma angústia que gera, que dá origem. A
palavra diz que pela morte, pelo sangue de Jesus um povo foi comprado para Deus
(1ª Co 7:23 Fostes comprados por bom preço e 1ª Pe 1:18-19 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como
prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por
tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como
de um cordeiro imaculado e incontaminado). Então, pela
angústia, sofrimento de Jesus sua igreja foi gerada (Jo
11:51b-52 ...profetizou que Jesus devia
morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um
corpo os filhos de Deus que andavam dispersos. Mateus 23:8b ...e todos vós sois irmãos),
ou seja, com o sofrimento e a morte de Jesus, nós temos o direito de ser irmãos
uns dos outros e filhos de Deus (Jo 1:12
Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus).
Muitas foram as angústias sofridas pelo nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo
para que hoje tivéssemos acesso a Deus e assim sejamos todos feitos irmãos.
Podemos destacar pelo menos 6 angústias:
1ª
Suar sangue è No
Getsêmani, o Senhor estava num nível de estresse tão acentuado que suou grandes
gotas de sangue (Lucas 22:44
E, posto em
agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de
sangue que corriam até ao chão);
2ª
A flagelação è Jesus
é açoitado pelos carrascos romanos sob ordem de Pilatos (João
19:1 Pilatos,
pois, tomou, então, a Jesus e o açoitou);
3ª
A coroa de espinhos è
Depois dos açoites, veio o escárnio da coroação. Com longos espinhos estes
penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (João 19:2 E os soldados, tecendo uma coroa
de espinhos, lha puseram sobre a cabeça e lhe vestiram uma veste de púrpura);
4ª
A caminhada até o calvário è
Jesus tinha de percorrer mais ou menos 600 metros até o Calvário e isto seria
com a barra horizontal da cruz em suas costas. Estudiosos dizem que esta barra
pesava em torno de 50 quilogramas (Lucas 23:26 E, quando o iam levando, tomaram
um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas,
para que a levasse após Jesus);
5ª
A crucificação è Neste
momento, Jesus é despido da sua túnica, a qual devido aos ferimentos está
colada à sua pele e os soldados a tiram e isso traz uma imensa dor. Jesus é
deitado de costas, sobre a barra horizontal da cruz os carrascos pregam os
cravos nas mãos de Jesus, após isso elevam Jesus para encaixe da barra
horizontal na vertical já antes fixada e após pregam os pés (Marcos
15:25 E era a hora terceira, e o crucificaram);
6ª
As horas na cruz è
Jesus tem sede, dão a Ele vinagre (bebida ácida em uso entre os militares da
época). Os músculos do abdômen e depois os das costelas, os do pescoço e os
respiratórios se endurecem causando dores intensas e dificuldade respiratória.
A respiração de Jesus se faz, pouco a pouco, mais curta, seria como um asmático
em plena crise. Jesus
é envolvido pela asfixia. Lentamente
Jesus se esforça profundamente e toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés.
Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os
músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os
pulmões se esvaziam, pois Jesus quer falar e suas palavras são sempre poucas. Logo
em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo e a asfixia recomeça. Jesus proferiu
as sete frases (Mateus
27:31-56; Mc 15:21-41; Lucas 23:26-49 e João 19:17-37):
1ª Palavra de
Compaixão: “Mulher aí está o teu filho, filho aí
está tua mãe” (Jo 19:26-27);
2ª Palavra de
Perdão: “Pai perdoa-lhes, porque não sabem o
que fazem” (Lc 23:34);
3ª Palavra de Certeza:
E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso (Lc
23:43);
4ª Palavra de Angústia:
“Eli, Eli, lemá sabactâni, que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?”(Mt 27:46);
5ª Palavra de Sofrimento:
Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a
Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.(Jo 19:28);
6ª Palavra de
Vitória: “Está consumado” (Jo 19:30); e
7ª Palavra de
Celebração: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu
espírito” (Lc 23:46).
E depois Jesus
morre por mim e por ti: Marcos 15:37 E Jesus, dando um
grande brado, expirou.
CONCLUSÃO
Assim, diante
desta atitude do nosso Deus em nos amar, sofrer e resgatar para si, nós só
temos motivos para agradecer e permanecer na presença dEle. Caminhar com ele é
o que mais nos interessa e a cada dia firmado na sua promessa caminharemos
cheios de alegria rumo à eternidade. Louvado seja o Nome do Senhor!
A paz do
Senhor!
Ir. Vagner
Ximenes